Reflexões sobre a situação de calamidade deste final de ano na política cultural em Fortaleza, com cancelamento do Festival de Música de Fortaleza e de dois dias do Réveillon, gerando prejuízos irreparáveis para músicos/as, técnicos/as, produtores/as, para o campo do turismo e para a população em geral.
Com a nova Secultfor, a nova gestão, não deve nem pode ser mera reprodução da Secult Ceará, do Instituto Dragão do Mar, do Instituto Mirante, do Governo do Estado do Ceará, que têm tantas questões ainda por responder e aperfeiçoar.
É preciso um caminho novo para a cultura na capital. Com a discussão ampla com o campo da cultura, de um perfil para o/a futuro/a gestor/a, para só então se buscar um nome, que seja consequência desse perfil e capaz de coordenar e liderar a execução das políticas públicas para reconstrução da política cultural municipal, após a pior Secultfor de todos os tempos.
Ao Evandro Leitão, prefeito eleito, e sua equipe, queremos lembrar que o campo da cultura foi às ruas e às redes pedir votos, defender a democracia, conquistar a eleição de um gestor que se colocou como progressista e popular. Agora é hora de escutar pra valer, dialogar, construir coletivamente, não repetir fórmulas e receitas que mostram limitações graves e dificuldades sérias para serem superadas.
Que o Governo do Estado se dedique a esse processo de aperfeiçoamento de sua própria política cultural, a vencer as muitas dificuldades que estão postas já, sem que a Prefeitura seja um simples anexo ou extensão dessa política. Mudar – e ouvir pra valer os trabalhadores da cultura e a população de Fortaleza – é preciso, para reconstruir a política cultural municipal! Fortaleza precisa, com urgência, de uma nova política cultural, pensada com suas especificidades e com autonomia, orçamento e condições políticas, simbólicas e concretas para avançar.
Fonte: SINDMUCE